Educação

Em três semanas de atividade, escolas estaduais somam mortes e 991 contaminações

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Os parlamentares do PSOL Carlos Giannazi, membro da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, e Celso Giannazi, membro da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de São Paulo, realizaram na segunda-feira, (22/2), um debate online sobre o “Genocídio da Educação”. “Em três semanas de atividades, uma de planejamento e duas com a presença de alunos, já são 991 casos de contaminação na rede estadual”, alertou o deputado.

Minutos mais tarde, ainda durante a live, Giannazi recebeu a confirmação da morte, por Covid-19, da colega Maria Inês Frozel, diretora de EE Lourenço de Camargo, em Jaú. Dois dias antes, fora a professora de geografia Maria Teresa Couto, de Caçapava, que aos 32 anos perdera a vida para o vírus. “O secretário Rossieli Soares tem de ser responsabilizado criminalmente por cada uma dessas mortes, por cada contaminação”, desabafou.

Para a supervisora de ensino da rede municipal, Luciene Cavalcante, a tragédia anunciada que ocorreu em Manaus deve servir de alerta com relação às ações dos governantes, tanto no âmbito federal quanto nos estados e municípios. “O que está na frente são sempre os interesses econômicos, nunca a garantia dos direitos fundamentais”, lamentou.

Professor da USP, dedicado à pesquisa do ensino público, Eduardo Girotto afirmou que as escolas públicas até poderiam ser reabertas, apesar de São Paulo estar com a maior taxa de ocupação das UTIs. mas, para isso, o poder público teria de ter planejado o processo de aquisição das vacinas, a readequação das escolas, a testagem em massa etc., mas nada disso foi feito.

Participaram também do debate os médicos Victor Dourado, presidente do Simesp, e Rosilene Menezes, cirurgiã do HSPM. Para eles, o início da vacinação está provocando um perigoso relaxamento das medidas de prevenção, o que inclui a volta às aulas, e isso, provavelmente, vai trazer graves consequências.

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